Quem sou eu

Minha foto
Ela cria a ação da imagem sonhada. A imagem nem sempre é nítida e nem real, o irreal constroi seus sonhos e eles os tornam reais pela ação inventada dessa imagem. Isadora é ação e Otávio é sonho. Isadora é imaginação e Otávio é a imagem. Isadora é delicadeza e Otávio é rude. Isadora é arte e Otávio também.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Desonra.

Até o rubor de tua face é capaz de ser azul.
Tua falsidade em colorir erroneamente é tamanha.
É humilhante ve-la com essa flor de cor tão abalada.
Jogue-a pela janela e feche a janela de vez.
Nem que tenha que morrer depois, mas jogue-a sem nem respirar.
Teu ato indecoroso em segurar essa flor azul como se fosse tua salvação não é digno.

Livre-se de uma vez por toda dessa flor azul que só te atormenta.

Não culpe uma flor criada para seus pensamentos irreais, pela sua desonra, pelo teu vexame.
A parte pecaminosa é teu reflexo a parte bonita é a tal da flor que você a culpa desde sua cor até suas lembranças.

Ela é apenas uma falsa flor azul como qualquer outra.
Mas o que a sua mente distorce ao ve-la é uma desonra a ela.

Jogue-a fora se for jogar também tua vergonha em te-la.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Milagre!

Coitada!
Ela estava esperando?
E quando foi que ela se deu conta que a flor nunca ia mudar de cor?
Quem explicou a ela que era melhor desistir?
Se for ficar com a flor azul e nao gosta mais do seu azul que compre uma nova flor da cor que lhe agrade mais. Mas jamais espere que a flor mude de cor sem mais nem menos.
Pobre menina. Podia morrer e nao estaria satisfeita nunca!
Esperava mesmo?
Coitada!

Asfixiada.

Ah flor azul,
Em mim cravou tua cor, teu defeito, tua tristeza
E de mim o que tirou para você?

Ah flor azul,
Tua beleza não prevaleceu virou veneno e quase matou a mim.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

nada no mundo.

Já foi oferecida uma flor a alguém que tinha tristeza nos olhos.
Mas quem oferece também é triste?
Mais triste seria se fosse uma flor azul.

Não existe nada no mundo mais triste que uma flor azul.

Vai chegar a hora de queimar a tal da flor azul, vai chegar. E quando chegar essa hora o que será da tristeza do homem que ofereceu a flor, da mulher que aceitou a flor e da flor?

Vai chegar a hora porque não existe no mundo nada mais triste que uma flor azul.

sábado, 3 de dezembro de 2011

tóxica.

Que direito achou que tinha quando me viciou em flores azuis?

Ofereceu-me uma sem nem pensar e agora me deixa sem?

Não tinha esse direito!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

falso para falso.

Nunca foi pensado em colorir flores com luzes?
Mas nunca as mova de lugar
Nem as flores e nem as luzes.

Luzes falsas para flores falsas.

Assim como sentimentos e pessoas.

domingo, 27 de novembro de 2011

Nova era.

Chegará a época
De flores azuis.

Eu pressinto!

Eu não posso suportar a época de flores azuis.

Eu me rasgaria e talvez me matasse.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

antiquado.

Foi me dito,
Mas eu não sei se acredito!

Flores assim estão fora de moda
Moda?
Desde quando a moda tem a ver com a flor?

E tem.
Porque sendo falsa a flor vive uma eternidade
E a moda?
A flor fica ultrapassada.

Mas ainda se usa azul nelas.
Daqui um tempo o azul nas flores será antiquado.

Foi me dito!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Congelou e agora?

Ah congelou?
Ficou fria como sua cor.
Azul.

Flores congeladas nem são tão feias.
Serve para que?

Ah.
Talvez enfeite ou talvez para nada.

Deixe que elas fiquem congeladas então!
Frias como sua cor.
Azul.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Milhares delas.

Eu pensei que estivesse morta. Que susto!
Morta!
Quando eu vi todas aquelas flores em cima de mim.
Eu pensei que estivesse morta!
E quando tentei respirar me assustei.
Foi uma respiração difícil com muita força, quase não consegui.
Eu pensei que estivesse morta. Morta!
Abri os olhos e tinha milhares de rosas que não consegui decifrar a cor, mas imagino que fossem mesmo as azuis. Milhares dessas rosas em cima de mim, e caíam mais flores do céu. Eu disse que eram milhares delas?
Todas em cima de mim e tinha outras milhares em volta de mim também. Assim que abri os olhos eu pensei que estivesse morta. Morta.
Mas não!
Era um pesadelo e eu acordei. Ainda bem.
A sensação é que eu estava morta. Mas eu consegui com custo, muito custo, voltar a respirar. Voltar à vida.
Eu pensei que estivesse morta enfeitada de rosas azuis.
Mas não!
Que susto!

sábado, 5 de novembro de 2011

Qualquer golpe desses.

Leve daqui esses vasos.
Eu não pretendo mais usá-los.
Leve daqui e leve rápido!

E não é que eu já estava à procura de uma nova flor?
De outra cor que não fosse azul, claro.
Mas a mesma flor falsa dessas que não morrem jamais.

Ainda bem que mandei levar os vasos embora.
Essas flores que fiquem aí jogadas nem que seja no chão.
Elas são falsas. Para que os vasos?

Foi por pouco. Leve os vasos para que a tentação fique bem longe.
Eu já estava acreditando no golpe das flores falsas mais uma vez.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fricote de moça.

Fiz flores!
Recortes, picotes, fricotes.
Fiz flores de papéis!

Eu não uso batom das moças dos bordéis.

Todos sabem.
Não é segredo para ninguém.
Que as moças dos bordéis matam as flores para fazer de enfeite na lingerie.

Ah mas elas não usam as flores azuis. Ainda bem!
Sinto-me mais aliviada assim.
Elas usam rosas vermelhas da cor de seu batom.

Pobre das flores que são mortas para o pecado.

Fiz flores de papeis
Recortes, picotes, fricotes.
Fiz flores, eu não as matei!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pobre moça.

Eu achei uma moça sentada numa cadeira e me parecia morta.
Mas respirava mesmo que pouco, respirava.
Um dos seus braços caídos sobre a perna sem muita posição.
O outro braço sem vida caído para um lado da cadeira de balanço e na sua mão uma rosa azul.

Fiquei olhando a tal moça sem vida na cadeira de balanço até que a flor caiu de sua mão e ela... Até que enfim faleceu.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma flor com febre?

Já viste uma flor com uma temperatura elevadamente anormal?
Uma flor quente, uma flor abatida?
Já viste?
Eu já.
E eu sabia que era febre o que a flor tinha e estava relacionada com a doença do homem.
Um homem cruel e dissimulado.
Que bom que eu já tinha visto uma flor com febre.

domingo, 30 de outubro de 2011

o que é para ser apenas natural.

No cimento não tem plantas e nem flores.
E se você forçar essa natureza matará o que há de mais belo nas flores.
Que deixe o cimento ser cinza do jeito que deve ser e se achar que esta triste assim use tinta. Mas use no cimento. Deixe as flores do jeito que elas são... Naturais.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

nem azuis e nem nada delas.

As flores me fazem mal.
Sufocam-me.

Eu as jogo da janela e com o vento elas voltam e me sufocam.

As flores me fazem mal.
E o cheiro de tinta me asfixia.

sábado, 1 de outubro de 2011

mascarada!

Era tinta!
Não era magia.
Era tinta!

Tinta azul.
Não era magia!
Era tinta na alma para disfarçar o real passaram tinta!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ah a primavera!

Despedacei todas as flores.
Na primavera sim.
Sei que mereço ser apedrejada, mas sentirei dor.
Guarde as pedras?

Talvez fosse menos cruel despedaçar apenas as azuis.
Mas com medo das flores vermelhas, brancas, amarelas e as lilás também serem pintadas de azul eu me antecipei.
E despedacei todas.
Na primavera sim.

E a dor de ser apedrejada me corta feito navalha afiada.
E se eu disser que a primavera me encanta e que amo todas as flores seria duvidoso?

Afaste as flores.
Sem flores eu morro com flores eu sofro.
Despedacei e talvez eu morra aos poucos.

sábado, 17 de setembro de 2011

obsessiva.

Seria obsessão mandar trazer todas as rosas azuis falsificadas para mim?
E se fosse?
Não teria problema nenhum.

Elas serão jogadas ao vento.
Não haverá mais vasos para elas.
Elas serão pisoteadas.
Não haverá mais água que as salvem.
Seria obsessão mandar fazer enfeites com essas rosas azuis além de falsificadas mortas também?
E se fosse?
Não teria problema nenhum.

sábado, 27 de agosto de 2011

o meu azul colorindo não só uma flor.

Como fazer o azul triste uma cor menos triste?
Como fazer o azul da rosa ser mais vivo?
Como fazer o azul artificial parecer mais natural?
Como fazer o azul do céu uma cor mais palpável?

O azul é tão sozinho e tão bonito que chega a ser inquestionável
É puro, é delicado, é ingênuo, é calado.
O azul é tão sofrido e tão humilde que chega a ser invejável
É quieto, é perfeito, é choroso, é mudo.

E quando o azul cria asas?
E quando a uma flor é dada essa cor?
Chega a ser um milagre, uma miragem, uma história inventada.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Flores na janela.

A parte triste da poesia só é bonito no livro
Só comove quem lê e não quem escreve.
Alguns entendem assim, outros de jeito nenhum.

Como se fosse estações do ano
A primavera deixa a mulher mais sensível e seu cabelo com flores mais vivas.

As flores azuis combinam com tudo
Mas a primavera se foi.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O correto era jogar fora a tal rosa azul mas eu acabei guardando.

Voce provavelmente nem tem noção da flor falsa aqui guardada, como não tem noção de muitas outras coisas guardadas, ocultas, faladas, mostradas, fechadas, caladas, magoadas, segregadas, reformadas, atrasadas, esperançadas, quebradas, falidas e por fim abandonadas e não remediadas... e por que ainda faz parte?

o lance da desintoxicação é lento!

sexta-feira, 22 de abril de 2011

ta tão frio!

Na verdade eu ja sabia.
Eu segurei essa rosa azul ate agora com toda essa força.
Acredito que nem vou conseguir me desfazer dela.
Mesmo essa sendo falsa.

Para que mudar a cor da rosa?
Eu achei original, diferente, poético.
Mas... não foi bom.

Rosas tem que ser vermelhas.
Quentes com paixão, naturais.

A rosa azul me fez tão bem, mas passou.
Descobri que ainda é poética, falsa, mas poética.
Mas azul é tão frio... preciso de calor.

Perdoa-me.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

não queira escolher por mim.

Me disseram e eu ja sabia que não existem rosas azuis
apenas as falsas são azuis.
Mas voce ja me deu uma, rosa azul, mesmo que falsa
e até hoje eu a tenho.

Esse tipo de pessoa como eu
que surpreende sempre.

eu danço como uma desvairada
eu sorrio como uma santidade
eu fantasio como uma mulher só
eu festejo como uma narcótica
eu choro como uma mal amada
eu beijo como uma serpente
eu canto como uma deusa mitológica
eu vivo como uma mulher como eu

do jeito que quero, sinto e tenho vontade.

O dia que a rosa azul nada significara para mim
supreenderei a todos, inclusive a mim.

Tenho sanidade quando eu quero, e insanidade quando eu preciso
Eu escolho.

Se não me acompanha, fique para trás.

sábado, 9 de abril de 2011

pecado por pecado.

É ridiculo inventar termos?

"Patetifique-se" ao seu mundo
É pecado, voluptuosamente pecado!

E eu que não sou sensata digo que estou errada
Que sou traiçoeira e culpada agora.

Mas seria ricidulo não me "patetificar" a isso.

Eu bem preciso do ridiculo, de termos inventados e do pecado tambem!

sexta-feira, 8 de abril de 2011

a parte Otávio de Isadora.

Não é tristeza.
Talvez seja menos, mas tem uma pontinha.

Flores azuis para mim, para nós.
Para sempre.

Olhos fechados, mãos tensas.
E o medo visita outra vez.

Não é medo.
Talvez seja menos, mas tem uma pontinha.

Não penso, apenas sinto.
Deveria pensar, menina.

domingo, 3 de abril de 2011

nem azul

Desenha meu rosto
Mas não use cores
Imagine-as em mim.

É que a perfeição é imaginária
e o meu rosto é o fim.

sábado, 2 de abril de 2011

Vem depressa e demore aqui

Quando for vir
Corra.
E quando for voltar
Demore.

Vem depressa
Esqueça quem és
Me envolva
Sem pressa

Diz que vem
Diz que fica
Diz que quer
Diz, e não apenas diga

Me possua depressa
e sem pressa.

Me apresente ao espelho e diga:
Somos um.

Virou história, Isadora!

Vamos dormir agora?
Eu não quero que você va embora.
Vamos fingir ou mentir?
Eu não quero que vire história.

Você ja descobriu, não é?
Que Isadora chora
Você não desconfia?
Que Isadora tem vida?
Você não percebe?
Que Isadora tem medo?

Vamos morrer agora?
Para não dar tempo de voltar atras
Vamos nos unir e sucumbir?
Para eu nunca mais precisar fugir

Você ja sabe, não é?
Que Isadora inventa nomes
Você tambem sente isso?
Que Isadora se perde?
Você não quer fazer parte, não é?
Vai virar história para sempre.

Isadora hoje chora!
Ela queria sorrir, mas hoje ela chora.

Tempestades não mentem
Isadora sim.

Queria que fosse ela diferente dela.

Por favor, Isadora.
Se reescreva agora
Diferente dessa.

Morra agora
Depois se invente, Isadora
Diferente dessa.

Se reescreva mais bonita e de alma boa
Se invente menos perdedora e chorona.

Quem é ela?

Ela não tem mais nada dela em seu corpo
Ela nem ofereceu mas foi se doando
Para esse, aquele, aquela, e nada a ela.

Ela não sabe quando parar

O silêncio seria bom para ela agora
Mas ela quer 'esquizofrenar' a alma
A sensatez desmedida é pouco para ela
Ela não se pertence mais, enlouqueceu.

Ela não sabe como voltar

Ah.

Ela fecha seus olhos e respira como se fosse voar
Perde as forças.
Então ela sente enfraquecimento cervical
E pende a cabeça para um lado, e para o outro
Então joga o peso da cabeça para baixo
Solta o ar.

Ela delira.

Ela não sabe como se decifrar.

Ela usa pintura negra nos olhos
E borra seu rosto
Para nao enxergar mais sua face
Então ela percebe sua insanidade

Ah.

Ela delira.
E berra calada.

Ela não sabe como se acalmar.

Ah. Ela clama por ela.
Quem é ela?
Quem é ela?

Ela não sabe como ser ela, ou não ser mais.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

quero viver da arte mesmo que imaginando ser o que não sou

BENVÓLIO — Mais calma; irei também; se me deixardes não procedeis bem.
     ROMEU — Ora, já me perdi. Não sou Romeu. Esse está longe. Está não sei bem onde.
     BENVÓLIO — Dizei-me seriamente a quem amais.
     ROMEU — Como! Precisarei gemer o tempo todo que te falar?
     BENVÓLIO — Gemer? Oh, não! Mas dizer, em verdade, quem seja ela.
     ROMEU — Mandai fazer o doente o testamento. Que idéia triste para o desalento! Primo, em verdade: adoro uma mulher.
     BENVÓLIO — Acertado também nesse alvo eu tinha, ao vos imaginar apaixonado.
     ROMEU — Ótimo atirador! E ela é formosa.
     BENVÓLIO — Primo, acertar assim é grande dita.
     ROMEU — Nisso vos enganais. Ela é catita. A seta de Cupido não cogita de bater nela. Sábia como Diana, a castidade é sua soberana. Do arco gentil do amor está amparada e, assim, da lenga-lenga apaixonada. Resistir pode a todos os assaltos dos olhares morteiros, não chegando nunca a cair-lhe no regaço a chuva de ouro que os próprios santos tem vencido. Oh! é rica em beleza, mais que bela, porque a beleza morrerá com ela.
     BENVÓLIO — Então jurou que sempre há de ser casta?
     ROMEU — Jurou; e sua avareza tão nefasta grandes estragos fez, pois a beleza com tal severidade, de fraqueza quase veio a morrer, tendo ficado sem prole alguma. Incrível atentado! É muito bela e sábia, sabiamente formosa para estar sempre contente com me fazer sofrer. Fez juramento de não amar jamais, um só momento. E nesse voto infausto eu vivo morto só de a todos contar meu desconforto.
     BENVÓLIO — Por mim guiar te deixes nisso: esquece-a
     ROMEU — Oh! A esquecer-me ensina o pensamento.
     BENVÓLIO — Dá liberdade aos olhos; examina outras belezas.
     ROMEU — Esse é o meio certo de mais consciente me tornar ainda de sua formosura em tudo rara. Essas felizes máscaras que as frontes beijam das jovens belas, sendo pretas pensar nos fazem que a beleza escondem. Quem chegou a cegar, jamais se esquece da jóia rara que perdeu com a vista. Mostrai-me uma mulher de inexcedível formosura; para algo servir pode, senão de sugestão para que eu leia quem a excedeu em tanta formosura? Não, nunca hás de ensinar-me o esquecimento.
     BENVÓLIO — Hei de nisso empregar o meu talento.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Encasquetou de ser essa.

Ela é diferente.
E eu muitas vezes nem a entendi.
Ela sorri de uma forma triste que so ela percebe, e como engana!

Ela é uma grande mentirosa.
Ja se perdeu em um monte de histórias.
E eu muitas vezes sabia que ela ia se perder, e eu deixei.

Ela ainda quer mais, e muito mais.
É incrivel tamanho encanto o que ela tem.
Ela se fere e se cura, sem pedir ajuda.

Ela é assim mesmo.
Cada hora uma.
Agora encasquetou de ser essa.
E eu deixo porque é a melhor de todas.

Ela é assim encantadora para mim, mesmo sabendo que vai se ferir mais cedo do que ela imagina.

terça-feira, 22 de março de 2011

Apaixona-se, Isadora!

Eu tenho deveres.
Alguns deveres agradaveis outros completamente desagradaveis.
O dever de ser Isadora as vezes me cansa.

Eu tenho desculpas.
Algumas desculpas sinceras outras completamente desaforadas.
Ser Isadora ja é quase um pedido de desculpas.

Eu tenho amores
Alguns amores verdadeiros outros completamente inventados.
Isadora é amor mesmo que falsificado.

Eu tenho segredos
Alguns segredos inofensivos outros completamente culposos
Isadora desabafa mesmo quando nao pode ser desvendada.

Eu tenho paixões
Algumas de se perder o folego outras passadas
Isadora oferece a alma para sentir-se apaixonada.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Isadora devaneia e só assim existe.

Ela nem sequer se levanta.
Fica ali encostada na parede, escorregando para o chão cada vez mais.
E nem força ela faz questão de ter, porque das vezes que ela conseguiu levantar e se firmar;
E que ate conquistou uns passos, um sorriso, uma energia boa, logo voltou a derrapar e se atrapalhar com os proprios pés.

E assim ela sentiu o gosto do chão travar na garganta, a solidão gelar sua lingua de uma forma desigual.
E da euforia partiu para um silencio apavorado daquele que tem barulho
Mas que ela queria que não fosse nada
A faz parecer morta diante coisas vivas, preta e branca no meio de pessoas coloridas, sem alma diante as coisas simples do dia, e sem essencia diante as delicadezas da noite.

Na verdade ela nem sequer sabe quando vai acontecer;
 Da perna perder força, da cabeça querer silencio a qualquer custo, da boca secar e se fechar, das mãos esmagarem qualquer tipo de magia ou fantasia.
E assim ela vive uma realidade perturbada, dolorida e cruel.

O rosto desconhecido, sem nitidez, traz uma angustia e ela chora
Por nao ser ninguem e nao ter ninguem
Apesar de ser varias e ter todos a hora que bem quiser, e todos nao significarem nada.
E tudo esta tão longe de faze-la bem.

domingo, 20 de março de 2011

as flores azuis.

As flores não têm dono. Mas as flores azuis são minhas. Eu as criei.
Não que eu tenha poder de criar coisas ou sobre efeitos da natureza, mas me sinto dona delas.
Eu gosto, eu acho que tudo por aqui deveria ser assim, com flores azuis.
Isadora Otávio.
Eu!
Dona das flores azuis.