Ela nem sequer se levanta.
Fica ali encostada na parede, escorregando para o chão cada vez mais.
E nem força ela faz questão de ter, porque das vezes que ela conseguiu levantar e se firmar;
E que ate conquistou uns passos, um sorriso, uma energia boa, logo voltou a derrapar e se atrapalhar com os proprios pés.
E assim ela sentiu o gosto do chão travar na garganta, a solidão gelar sua lingua de uma forma desigual.
E da euforia partiu para um silencio apavorado daquele que tem barulho
Mas que ela queria que não fosse nada
A faz parecer morta diante coisas vivas, preta e branca no meio de pessoas coloridas, sem alma diante as coisas simples do dia, e sem essencia diante as delicadezas da noite.
Na verdade ela nem sequer sabe quando vai acontecer;
Da perna perder força, da cabeça querer silencio a qualquer custo, da boca secar e se fechar, das mãos esmagarem qualquer tipo de magia ou fantasia.
E assim ela vive uma realidade perturbada, dolorida e cruel.
O rosto desconhecido, sem nitidez, traz uma angustia e ela chora
Por nao ser ninguem e nao ter ninguem
Apesar de ser varias e ter todos a hora que bem quiser, e todos nao significarem nada.
E tudo esta tão longe de faze-la bem.
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