Quem sou eu

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Ela cria a ação da imagem sonhada. A imagem nem sempre é nítida e nem real, o irreal constroi seus sonhos e eles os tornam reais pela ação inventada dessa imagem. Isadora é ação e Otávio é sonho. Isadora é imaginação e Otávio é a imagem. Isadora é delicadeza e Otávio é rude. Isadora é arte e Otávio também.

domingo, 27 de novembro de 2011

Nova era.

Chegará a época
De flores azuis.

Eu pressinto!

Eu não posso suportar a época de flores azuis.

Eu me rasgaria e talvez me matasse.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

antiquado.

Foi me dito,
Mas eu não sei se acredito!

Flores assim estão fora de moda
Moda?
Desde quando a moda tem a ver com a flor?

E tem.
Porque sendo falsa a flor vive uma eternidade
E a moda?
A flor fica ultrapassada.

Mas ainda se usa azul nelas.
Daqui um tempo o azul nas flores será antiquado.

Foi me dito!

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Congelou e agora?

Ah congelou?
Ficou fria como sua cor.
Azul.

Flores congeladas nem são tão feias.
Serve para que?

Ah.
Talvez enfeite ou talvez para nada.

Deixe que elas fiquem congeladas então!
Frias como sua cor.
Azul.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Milhares delas.

Eu pensei que estivesse morta. Que susto!
Morta!
Quando eu vi todas aquelas flores em cima de mim.
Eu pensei que estivesse morta!
E quando tentei respirar me assustei.
Foi uma respiração difícil com muita força, quase não consegui.
Eu pensei que estivesse morta. Morta!
Abri os olhos e tinha milhares de rosas que não consegui decifrar a cor, mas imagino que fossem mesmo as azuis. Milhares dessas rosas em cima de mim, e caíam mais flores do céu. Eu disse que eram milhares delas?
Todas em cima de mim e tinha outras milhares em volta de mim também. Assim que abri os olhos eu pensei que estivesse morta. Morta.
Mas não!
Era um pesadelo e eu acordei. Ainda bem.
A sensação é que eu estava morta. Mas eu consegui com custo, muito custo, voltar a respirar. Voltar à vida.
Eu pensei que estivesse morta enfeitada de rosas azuis.
Mas não!
Que susto!

sábado, 5 de novembro de 2011

Qualquer golpe desses.

Leve daqui esses vasos.
Eu não pretendo mais usá-los.
Leve daqui e leve rápido!

E não é que eu já estava à procura de uma nova flor?
De outra cor que não fosse azul, claro.
Mas a mesma flor falsa dessas que não morrem jamais.

Ainda bem que mandei levar os vasos embora.
Essas flores que fiquem aí jogadas nem que seja no chão.
Elas são falsas. Para que os vasos?

Foi por pouco. Leve os vasos para que a tentação fique bem longe.
Eu já estava acreditando no golpe das flores falsas mais uma vez.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Fricote de moça.

Fiz flores!
Recortes, picotes, fricotes.
Fiz flores de papéis!

Eu não uso batom das moças dos bordéis.

Todos sabem.
Não é segredo para ninguém.
Que as moças dos bordéis matam as flores para fazer de enfeite na lingerie.

Ah mas elas não usam as flores azuis. Ainda bem!
Sinto-me mais aliviada assim.
Elas usam rosas vermelhas da cor de seu batom.

Pobre das flores que são mortas para o pecado.

Fiz flores de papeis
Recortes, picotes, fricotes.
Fiz flores, eu não as matei!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Pobre moça.

Eu achei uma moça sentada numa cadeira e me parecia morta.
Mas respirava mesmo que pouco, respirava.
Um dos seus braços caídos sobre a perna sem muita posição.
O outro braço sem vida caído para um lado da cadeira de balanço e na sua mão uma rosa azul.

Fiquei olhando a tal moça sem vida na cadeira de balanço até que a flor caiu de sua mão e ela... Até que enfim faleceu.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma flor com febre?

Já viste uma flor com uma temperatura elevadamente anormal?
Uma flor quente, uma flor abatida?
Já viste?
Eu já.
E eu sabia que era febre o que a flor tinha e estava relacionada com a doença do homem.
Um homem cruel e dissimulado.
Que bom que eu já tinha visto uma flor com febre.